CIGARRO ELETRÔNICO PODE AGRAVAR CASOS DE COVID-19 EM JOVENS SAUDÁVEIS

  O novo estudo mostra que fumar tabaco e cigarros eletrônicos pode aumentar o risco de jovens saudáveis ​​​​desenvolverem doenças graves de COVID.

Cigarro eletrônico pode agravar casos de Covid-19 em jovens saudáveis

Estudo analisou o plasma de voluntários não fumantes, fumantes de tabaco e da versão eletrônica, e concluiu que o dispositivo pode agravar a infecção


Por Redação Galileu

10/02/2023 13h02  Atualizado há 11 meses

 

Pesquisadores da Escola de Medicina David Geffen, da Universidade da Califórnia em Los Angeles (UCLA), nos Estados Unidos, resolveram avaliar a relação entre o cigarro eletrônico e a Covid-19 em usuários jovens do dispositivo.


Publicado nesta quinta-feira (9) no periódico Journal of Molecular Medicine, o artigo mostra que o vape — como o cigarro eletrônico é chamado em inglês em referência ao vapor produzido — pode predispor as pessoas ao aumento da inflamação e ao desenvolvimento de quadros graves de Covid e complicações cardiovasculares persistentes após a infecção em jovens saudáveis.

Os investigadores examinaram o plasma coletado antes da pandemia de 45 não fumantes, 30 usuários de cigarro eletrônico e 29 fumantes de tabaco. Os participantes tinham entre 21 e 45 anos de idade.

O material sanguíneo foi testado para medir os níveis de proteínas identificadas como Sars-CoV-2, o vírus causador da Covid. Essas proteínas são ACE2, furina, Ang II, Ang 1–7, IL-6R, sCD163, L-selectina. As três últimassão reguladas coletivamente nas células por uma proteína conhecida como ADAM17.

Os resultados indicaram que o plasma de jovens saudáveis que fumam tabaco ou vape tinham níveis aumentados de furina, sCD163 e L-selectina em comparação com não fumantes. Esses dados sugerem que pode haver aumento da atividade das proteínas furina e ADAM17 nas células imunes, bem como nas células superficiais, como as que revestem os pulmões.

“Os usuários de cigarro eletrônico podem estar em maior risco do que os não fumantes de desenvolver infecções e distúrbios inflamatórios dos pulmões”, diz Theodoros Kelesidis, principal autor do estudo, em comunicado. “Os cigarros eletrônicos não são inofensivos e devem ser usados apenas pelo menor tempo possível na cessação do tabagismo, e nunca por não fumantes.”


Por mais que o estudo seja um dos primeiros a avaliar a relação entre o vírus e o dispositivo, os autores entendem que existem limitações. Entre elas, o número pequeno de voluntários e a falta de evidências do papel que as proteínas ADAM17 podem desempenhar no agravamento da Covid entre não fumantes.


Fonte:https://revistagalileu.globo.com/saude/noticia/2023/02/cigarro-eletronico-pode-agravar-casos-de-covid-19-em-jovens-saudaveis.ghtml


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