FICAR OU NAMORAR ?




Ficar ou namorar: intimidade sexual
e intimidade emocional em conflito

 
A partir dos anos 80, o “ficar” tornou-se a forma de relacionamento amoroso mais praticada pelos jovens brasileiros. Segundo o professor doutor Sandro Caramaschi, docente do departamento de Psicologia da Unesp-Bauru, o ficar não é um privilégio nem uma invenção das gerações atuais. “Antigamente, as pessoas também ‘ficavam’, embora atribuíssem nomes diferentes para essa prática, que era também menos generalizada do que atualmente”, conta Caramaschi.
 
O “ficar” caracteriza-se pela ausência de compromisso, de limites e regras claramente estabelecidos: o que pode ou não pode é definido no momento em que o relacionamento acontece, de acordo com a vontade dos próprios “ficantes”. A duração do “ficar” varia: o tempo de um único beijo, a noite toda, algumas semanas. Ligar no dia seguinte ou procurar o outro não é dever de nenhum dos “ficantes”.
 
Mesmo desprovido de legitimação social, por não ter fronteiras bem demarcadas, os resultados benéficos do “ficar” superam os aspectos negativos, já que “ficar” possibilita que as pessoas avaliem maior número de parceiros do que se tivessem que namorá-los. “Há chances de se avaliar um ou mais parceiros por dia, e investir num conhecimento mais profundo de parceiros considerados interessantes”, diz Caramaschi. Segundo ele, a maior reclamação de jovens quanto ao “ficar” é a superficialidade dos relacionamentos que caracterizam essa prática. “‘Ficar’ implica na maioria das vezes uma grande intimidade sexual, à qual não corresponde uma maior intimidade emocional”, aponta Caramaschi. Embora as pessoas tenham necessidade de serem ouvidas e de construírem relacionamentos marcados pela afetividade, dificilmente há predisposição para ouvir e aceitar o outro, situação gerada pelo individualismo e pela competitividade cotidianos. Afinal, “ficar” não é uma mudança comportamental isolada, e sim o reflexo de uma sociedade composta por pessoas mais centradas em si mesmas, situação bem ilustrada pelo volume elevado das músicas nas pistas de dança atuais, nas quais cada um dança sozinho, e onde só se pode conversar aos berros.
 
O hábito de “ficar” preocupa os pais, que sentem seus filhos mais expostos a doenças sexualmente transmissíveis e à gravidez precoce. “Há um descompasso entre o aumento da liberdade e da responsabilidade”, afirma Caramaschi. “Os jovens sabem o que devem fazer para se prevenir, mas não estão preparados para conduzir essas medidas preventivas em situações sociais comuns na sua vida”.  
 
Para entender melhor o assunto, a aluna de Psicologia Cristiane Oliveira Alves desenvolveu a pesquisa “‘Ficar’ x Namoro: o que marca a passagem de relacionamento a outro na concepção de universitários?” A pesquisa envolveu 100 universitários de ambos os sexos, com idade entre 18 e 24 anos, das faculdades de Ciência (FC), Engenharia (FE) e Arquitetura, Artes e Comunicação (FAAC) da Unesp-Bauru, e buscava descobrir se há diferenças entre quando o “ficar” se transforma em namoro para garotas e garotos.
 
Cinqüenta pessoas do sexo feminino e 50 do sexo masculino responderam a um questionário com quatorze questões sobre situações comuns a relacionamentos amorosos. Após a análise dos dados coletados, verificou-se que não há grandes diferenças entre quais comportamentos homens e mulheres consideram típicos do “ficar”, da fase intermediária e do namoro. A pesquisa ressalta, porém, que as mulheres consideram o Companheirismo como característico da fase intermediária entre “ficar” e namoro, enquanto os homens consideram-no como peculiar ao namoro. Já a Visita Familiar e o Ciúme são característicos da fase intermediária para os homens, mas do namoro para as mulheres. Caramaschi ressalta que esses resultados se referem a um grupo específico, o de universitários da Unesp-Bauru, e que os conceitos sobre o “ficar” e o namoro podem variar conforme a faixa etária dos entrevistados, ou seu ambiente social.
 
Para Caramaschi, a grande surpresa foi descobrir que o sexo é considerado próprio da fase intermediária tanto para garotos quanto para garotas.

Pensando melhor quer apenas ficar ou então namorar ?



Não tem muito que se falar, sobre este assunto não? No entanto, há ainda que tenha dúvidas quanto o ficar e o namorar, isto é, quais são os limites de cada relacionamento? Atualmente o mundo todo está cada vez mais moderno, e o relacionamento também se modernizou, e os jovens da atualidade buscam ter maior praticidade em diferentes pontos, incluindo o sentimentos, sentidos, cultura, comportamento, visual e, sobretudo, nos relacionamentos. Não é a toa que são muitos os ‘velhos’ que não conseguem se acostumar com tantas mudanças que vem ocorrendo com as novas gerações, sendo que a dúvida principal associada ao relacionamento está quanto ao ficar e namorar. Mesmo que possam ter algumas semelhanças, ambos os tipos de relacionamentos possuem algumas diferenças, e desta forma, o ficar se sobressai em quase todas as relações.
O termo ficar é utilizado para relações breves, as quais podem variar de um dia ou até semanas, sendo que não possui regras e geralmente não passa de um beijo. É um relacionamento sem ‘compromisso’, sem algo muito sério, isto é, você está em um relacionamento e pode partir pra outra quando bem entender, assim este tipo de relacionamento é muito comuns em escolas, baladas e em outros ambientes de diversão. Por este motivo, são muitos os garotos e garotas que ficam com várias pessoas em apenas uma noite, não tem compromisso algum, e o que estes querem é beijar na boca.
No entanto, o ficar pode ser considerado um período pré-namoro, isto é, é ficando com a pessoa que você irá conhecê-la melhor e assim um possível relacionamento mais sério poderá surgir, isto é, o namoro. Mas qual é o momento para pedir ela em namoro?Não existe um tempo certo, mas se vocês estão ficando a um bom tempo, por exemplo, há alguns meses e percebe que um sente um sentimento legal um pelo outro, esta é à hora de namorar. No entanto, a diferença entre o namoro e o ficar, é que o namoro é um compromisso, um relacionamento de longo prazo, onde o casal é apresentado para as famílias e para todos ao seu redor, podendo até passar a utilizar alianças para mostrar tal compromisso.
Já o namoro por sua vez dá à graça ao noivado e posteriormente ao casamento. Mas deixando os compromissos de lado, o lance da atualidade é o mundo de liberdade, e com a liberdade a diversão sempre deve estar ao lado. Desta forma, não pense que apenas beijar, ou melhor, ficar é errado, muito pelo contrário é divertido, já que conta com o momento de atração, de jogar os xavecos para assim conseguir uma aproximação legal e consequentemente rolar o beijo, pois já imaginou você ao invés de pedir para ficar, você chegasse na garota e fala-se: ‘quer namorar comigo?’.



Fonte do Video : vimeo e Esta Cidade Também É Minha
  

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